Opacidade ou vitalidade do trabalho? As teses de desconstrução e de afirmação da centralidade do trabalho hoje

Autores

  • Michelangelo Marques Torres Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.46269/5116.115

Palavras-chave:

centralidade do trabalho, crise do trabalho, nova morfologia do trabalho, pós-fordismo, sociologia do trabalho

Resumo

O presente artigo procura apresentar o debate acerca das teses de desconstrução e de afirmação da centralidade da categoria trabalho mais influentes na teoria social e no debate sociológico contemporâneo. Ao expor a nova configuração do mundo do trabalho e suas metamorfoses, afirma-se os equívocos acerca da desconstrução dessa categoria analítica chamando-se atenção para a importância da articulação de elementos teóricos e empíricos nas pesquisas de sociologia do trabalho.

Biografia do Autor

Michelangelo Marques Torres, Unicamp

Departamento de Ciências Sociais, Área de Sociologia do Trabalho e Sociologia das Organizações

Referências

ANTUNES, Ricardo. O caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2005.

___________. Adeus ao Trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 2008

___________. “Trabalho sem positividade, valor sem valor e imaterialidade sem materialidade” in: O Social em Questão. Ano XIV, n.25 e 26, Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BELL, Daniel. O advento da sociedade pós-industrial: uma tentativa de previsão social. São Paulo: Cultrix, 1977.

BERNARDO, João. Transnacionalização do capital e fragmentação dos trabalhadores: ainda há lugar para os sindicatos? São Paulo: Boitempo, 2000.

BIHR, Alain. Da grande noite a alternativa: o movimento operário europeu em crise. São Paulo: Boitempo, 2010.

BRAGA, Ruy. Uma sociologia da condição proletária contemporânea. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP. Vol.18, n.1, 2005.

___________. A nostalgia do fordismo: modernização e crise na teoria da sociedade salarial. São Paulo, Xamã, 2003.

BOURDIEU, P.; WACQUANT, L; “A nova bíblia do Tio Sam”. Le Monde Diplomatique, ed. Brasileira, ano1, n.4, agosto de 2000

CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. 3 vols. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

CHESNAY, François. A finança mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, consequências. São Paulo: Boitempo, 2005.

___________. A mundialização do capital. São Paulo, Xamã, 1996.

COELHO, Marcelo. “Elogio da igualdade – ensaios sociológicos de ‘Ciladas da diferença’ e ‘Em defesa da história’ desmontam vulgata pós-moderna”. Folha de São Paulo. São Paulo, 10 out. 1999. Caderno Mais.

CORIAT, Benjamin. Pensar al Revés. Siglo XXI,México, 1992.

COSTA, Edmilson. A globalização e o capitalismo contemporâneo. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2008.

FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado capitalista: as funções da previdência e da assistência sociais. 11ªed. São Paulo: Cortez, 2008.

FRIGOTTO, Gaudêncio. “As novas e velhas faces da crise do capital e o labirinto dos referenciais teóricos” in: FRIGOTO; CIAVATTA (orgs). Teoria e Educação no Labirinto do Capital. São Paulo: Expressão Popular, 2014,

FUKUYAMA, Francis. O fim da história e o último homem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.

GOUNET, Thomas. Fordisrno e Toyotismo: civilização do automóvel. São Paulo: Boitempo, 1999.

GORZ, André. Adeus ao proletariado. Rio de Janeiro: Forense, 1982.

___________. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo: Annablume, 2005.

HABERMAS, Jürgen. “Trabalho e interação”. In: Técnica e Ciência como ideologia. Lisboa: edições 70, 1968.

___________. Teoria do Agir comunicativo. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

HARVEY, David. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Edições Loyola. 25ªedição, 2014, p.133.

HELOANI, Roberto. Organização do trabalho e administração: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Cortez, 1994.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995

KARZ; BRAGA; COGGIOLA (org). Novas tecnologias: crítica da atual reestruturação produtiva. São Paulo: Xamã, 1995.

LESSA, Sérgio; TONET, Ivo. Proletariado e sujeito revolucionário. São Paulo: Instituto Lukács, 2012.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2ª edição. São Paulo, Martins Fontes, 1983.

___________. O Capital: crítica da economia política. Livro III, vol. 5. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A sagrada família: ou a crítica da Crítica crítica contra Bruno Bauer e consortes. São Paulo: Boitempo, 2003

MÉDA, Dominique. Le travail: une valeur em voie de disparition. Paris, Aubier, 1995.

MÉSZÁROS, István. Crise Estrutural do Capital. São Paulo: Boitempo, 2009.

MORAES, Livia de Cassia Godoi. “Mundialização do capital e as novas formas de imbricação entre as dimensões financeira e produtiva”. In: BATISTA, E.L; NOVAES, H. (orgs.) Trabalho, Educação e Reprodução Social: as contradições do capital no século XXI. Bauru, SP: Canal 6, 2011.

OFFE, Claus. “Trabalho: a categoria sociológica chave?” in: Capitalismo Desorganizado, São Paulo: Brasiliense, 1985.

___________. Trabalho e sociedade. Problemas estruturais e perspectivas para o futuro da sociedade do trabalho. Vol.1. A crise. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.

RIFKIN, Jeremy. O fim dos empregos. São Paulo: Makron Books, 1995.

SILVA, Josué Pereira da. Trabalho, Cidadania e Reconhecimento. São Paulo, Annablume, 2008.

TORRES, M. M; “O pêndulo do trabalho e a determinação contingencial do capital”. In: O Social em questão. Ano XIV, n.25 e 26, Rio de janeiro: PUC-Rio. Departamento de Serviço Social, 2011

TOURAINE, Alan. O retorno do ator. Lisboa: Instituto Piaget, 1984.

WOOD, Stephen. The degradation of work? Skill, deskilling and labour process. London, Hutchinson Group, 1982.

___________. O modelo japonês em debate: pós-fordismo ou japonização do fordismo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n.6, 1991, p.31.

Downloads

Publicado

2016-05-11