Por corpos disfóricos e por uma epistemologia mutante

Paul B. Preciado e o elogio da travessia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14244/2238-3069.2025/26

Palavras-chave:

Paul B. Preciado, disforia, epistemologia

Resumo

Este artigo busca entender o pensamento de Paul B. Preciado propondo que há em sua produção um “elogio da travessia”, que por sua vez está atrelado a um sistema epistemológico que pressupõe (1) fronteiras construídas, (2) um incômodo diante dessas fronteiras – que ele vem a chamar de disforia – e (3) um atravessamento por essas fronteiras. Desse jeito, a fim de demonstrar isso, iremos nos deter sobre três produções desse autor, Um apartamento em urano: crônicas da travessia (2020), Eu sou o monstro que vos fala: relatório para uma academia de psicanalistas (2022) e Dysphoria mundi: o som do mundo desmoronando (2023). 

Biografia do Autor

Pedro Alexandre de Albuquerque, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente cursa o mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ, se dedicando a pesquisar as relações entre História, Gênero e Sexualidade, com ênfase para homossexualidade masculina e seus espaços de lazer noturno no Rio de Janeiro.

Referências

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Preciado, Paul B., Um apartamento em Urano: crônicas da travessia. Tradução Eliana Aguiar.— 1ª ed— Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

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Publicado

2025-12-19