"De que lugar se projetam os paraquedas?"

Entre as trilhas da Psicossociologia e dos coletivos para reinventar lugares de sonhos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14244/2238-3069.2025/24

Palavras-chave:

Psicossociologia, Movimentos sociais, Coletivos, interseccionalidade, Cartografia

Resumo

O presente artigo integra o dossiê que problematiza os colapsos contemporâneos e as possibilidades de resistência e reconstruções parciais na busca por futuros alternativos, inspirado na metáfora dos “paraquedas coloridos” de Ailton Krenak. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, toma os debates da Psicologia Social Crítica e da Psicossociologia, em uma abordagem interseccional, como pontos de partida para analisar os movimentos sociais e o direito à cidade como campos de luta e de resistência. Reconhece as heranças coloniais e nortecentradas que marcam as práticas psi, reificadas pela lógica neoliberal e aponta caminhos ético-políticos outros, contracoloniais, de fortalecimento das instâncias e dos dispositivos coletivos, de forma situada, criativa, plural e comprometida com a justiça social e a garantia de direitos.

Biografia do Autor

Mariana de Castro Moreira, Universidade Federal Fluminense

Docente efetiva no Departamento de Psicologia - Universidade Federal Fluminense - UFF/Rio das Ostras. Docente colaboradora no Programa de Pós-graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social - PPG EICOS/Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Giovani Florencio, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense.

Referências

(autora, 2014) A completar após a avaliação.

(autora, 2021) A completar após a avaliação.

(autora, 2021) A completar após a avaliação.

ARENDT, Ronald João Jacques. A pesquisa em psicologia social: substantiva e processual. Pesquisas e Práticas Psicossociais. 6(2), p. 182-186. 2011.

BAREMBLITT, G. F. Compêndio de Análise Institucional e outras correntes: teoria e prática. Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos, 1992.

BARROS, Regina Duarte Benevides de; JOSEPHSON, Silvia Carvalho. A invenção das massas: a psicologia entre o controle e a resistência. In: FERREIRA, Arthur Arruda Leal; JACÓ-VILELA, Ana Maria; PORTUGAL, Francisco Teixeira. (orgs.). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2006. cap. 26. p. 441-462.

BRASIL. Discurso do presidente Lula na sessão de abertura do Urban 20. Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 2024. Disponível em https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/discursos-e-pronunciamentos/2024/11/discurso-do-presidente-lula-na-sessao-de-abertura-do-urban-20

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2. v. 1. São Paulo: Editora 34, 2011.

DIMENSTEIN, Magda. A cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista: implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia, Natal, v. 5, n. 1, p. 95–121, jan. 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2000000100006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.

FU-KIAU, Bunseki. O livro africano sem título: Cosmologia dos Bantu-Kongo. Rio de Janeiro: Cobogó, 2024.

GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Psicologia: um espaço de dispersão do saber. Rádice. Revista de Psicologia. 1, n.4 , p.20-26, 1977.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, v. 16 n. 47 maio-ago. ANPED, 2011.

GOHN, Maria da Glória. O protagonismo da sociedade civil. Movimentos sociais, ONGs e redes solidárias. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

HARVEY, D. O direito à cidade. Lutas Sociais, n. 29, p. 73–89, 2012. DOI: 10.23925/ls.v0i29.18497.

JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira (org.). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau., 2006.

KRENAK, Ailton. 2019. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras

LATOUR, Bruno. Redes, Sociedades, Esferas: Reflexões de um Teórico Ator-Rede. Informática na educação: teoria & prática, Porto Alegre, v. 16, n. 1, 2013. DOI: 10.22456/1982-1654.36933. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/36933. Acesso em: 6 abr. 2025.

MORAES, Márcia. PesquisarCOM: política ontológica e deficiência visual. In: Moraes, M. e

Kastrup, V. Exercícios de ver e não ver: arte e pesquisa com pessoas com deficiência

visual. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2010.

NASCIMENTO, Beatriz. O negro visto por ele mesmo. RATTS, Alex (org.) São Paulo: Ubu, 2022.

NASCIUTTI, Jacyara C. Rochael. A instituição como via de acesso à comunidade. In: Campos, Regina Helena de Freitas. Psicologia Social Comunitária: da solidariedade à autonomia. Petrópolis: Vozes, 1998.

NOGUERA, Renato. Infância em afroperspectiva: articulações entre sankofa, ndaw e terrixistir. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação. Número 31: mai.-out./2019, p. 53-70. DOI: https://doi.org/10.26512/resafe.vi30.28256

PATTO, Maria Helena de Souza. A produção do fracasso escolar – Histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Intermeios, 2015 (4ª edição revista e ampliada)

POZZANA, Laura. A formação do cartógrafo é o mundo. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Org.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. v. 2. Porto Alegre: Sulina, 2014. p. 42-65.

ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental - Transformações Contemporâneas do Desejo. 2. ed. Porto Alegre: Sulina - Editora da UFRGS, 2011.

SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.

SPINK, Peter. Pesquisa de campo de psicologia social: uma perspectiva pós-construcionista. Psicologia & Sociedade; 15 (2): 18-42; jul./dez.2003.

Downloads

Publicado

2025-12-19