Ciberativismo de Feministas Negras na rede social Instagram

Autores

  • Nadine Matias Bovet Universidade Federal de Pernambuco
  • Renato Victor Lira Brito Universidade Federal de Pernambuco
  • Karine Danielle Costa Lira Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.46269/10221.767

Palavras-chave:

Ciberativismo brasileiro, Feminismo Negro, Internet, Instagram

Resumo

O presente artigo discute como o advento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) tem contribuído para a mudança e o consequente fortalecimento de Movimentos Sociais no Brasil como o Feminismo Negro. Argumentamos que isso ocorre pelas seguintes vias: 1) a alta taxa de penetração na Internet dá maior visibilidade para ciberativistas; 2) as redes sociais passaram a ambientar trocas de experiências e apoio mútuo; e 3) as informações dispostas na Internet representam um potencial considerável no que concerne ao didatismo sobre a temática. Metodologicamente, esta pesquisa utiliza a abordagem qualitativa, com enfoque na análise exploratória do assunto, consistindo a sua contribuição em um levantamento bibliográfico e documental acerca do tema, além da análise de páginas na rede social Instagram.

Biografia do Autor

Nadine Matias Bovet, Universidade Federal de Pernambuco

Especialista em Educação, Cultura e Diversidade - Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Bacharela em Serviço Social - Universidade Federal de Pernambuco (DSS/UFPE). Contato: <nadinebovet@gmail.com>.

Renato Victor Lira Brito, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em Ciência Política - Universidade Federal de Pernambuco (PPGCP/UFPE). Especialista em Docência no Ensino Superior - Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Contato: <renato.lirabrito@ufpe.br>.

Karine Danielle Costa Lira, Universidade Federal de Pernambuco

Mestranda em Direitos Humanos - Universidade Federal de Pernambuco (PPGDH/UFPE). Especialista em Educação, Cultura e Diversidade - Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Contato: <karine.lira@ufpe.br>.

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Publicado

2023-05-17

Edição

Seção

Artigos